terça-feira, 25 de outubro de 2011

Disciplinas do 1º semestre

Para os meus colegas de curso, resolvi fazer um breve relatório das disciplinas que estou cursando aqui.

Para começar, algumas disciplinas serão feitas novamente, independente de já tê-las visto na UFRPE. Outras eu nunca vi na vida e nunca mais verei. E ainda algumas que são idênticas às da grade curricular da UFRPE e servirão como equivalência. Tudo isso, ao final, será registrado e somado com o que foi e ainda será feito na UFRPE. Para que, ao final de cinco anos, aproximadamente, eu receba os dois diplomas, da Universidade de Coimbra e da instituição original.

Então, já de início estou vendo:

-Química: uma visão geral, onde se abordam tópicos como solubilidade, termodinâmica, cinética das reações, propriedades periódicas, equilíbrio químico e outras coisas mais. A disciplina conta com duas aulas teóricas semanais, de uma hora e meia cada, e com uma aula teórico prática semanal, de mesma duração, onde são resolvidos problemas relacionados ao conteúdo. Na UFRPE eu não tenho essa cadeira na grade, apenas os bacharelandos a possuem. Mas gosto de Química e estou achando legal...



Desenvolvimento curricular: uma disciplina pedagógica. Os cursos daqui, embora possuam o nome de Licenciatura, não são preparadores de professores. Aqui não existe bacharelado e licenciatura, é um curso só. Por isso não temos cadeiras pedagógicas. Mas como o programa que participo visa efetivamente a formação de docentes, exigiu-se a disponibilização de disciplinas que contribuíssem para isso. Por esse motivo, estou vendo algo parecidíssimo com Estrutura e Funcionamento da Educação Brasileira...trocando o Brasileira por Portuguesa, claro.


Zoologia: uma síntese (que na verdade é MUITO MAIS do que isso) de Zoologia dos Invertebrados I e II, além de Zoologia dos Vertebrados. Com três horas semanais, é uma disciplina muito boa, com ótimos professores (aqui vai um elogio), porém exige-se muito estudo, haja vista que faremos apenas uma avaliação, com o conteúdo de todo o semestre! Tensoooooo;




-Diversidade Animal: aqui vê-se o mesmo conteúdo da Zoologia, só que apenas por aulas práticas, com visualização em microscópios, visitas de campo, relatórios de observação e outras coisas mais. Muito legal, tendo em vista que é uma forma bem dinâmica de se fixar a "monstruosidade" de informações na cachola;



-Bioquímica: a mesma coisa que Bioquímica Molecular, da UFRPE, só que com uma dedicação maior à Química Orgânica, que por introdução não pode receber nem o nome, pois em todas as aulas refere-se à assuntos desta área;

-Ecologia das Populações e Comunidades: o equivalente a Ecologia Geral. Aqui dedico um espaço maior para comentários. A começar pela docente, sensacional! Não só pela didática, mas pelo caráter. Sim, num ambiente onde existe uma certa frieza entre docentes e discentes, encontramos uma exceção à regra. Isso não quer dizer que a professora vive se abraçando (ou abrasando) com os alunos, nem tampouco se envolvendo em brincadeiras de mau gosto, ou fazendo uso de piadas estúpidas. Não! Mas com um jogo de bom senso e responsabilidade, além de um pouco de bom humor irônico, temos semanalmente duas horas, não de aula, mas de uma coisa que vai além disso. É aquela aula que prende sua atenção e faz com que você mergulhe num oceano de conhecimento. E o assunto em si é maravilhoso, dando-nos uma visão geral da Biologia. Aqui podemos ver todos os fatores interrelacionados, formando o que chamamos de ecossistema. E as aulas práticas semanais, com três horas de duração, são bem legais: roteiros bem elaborados, sistematização do conhecimento e compromisso individual e coletivo. Verdadeiramente um show...e os que gostam de Ecologia se veriam num paraíso acadêmico (risos).

Por aqui fico. Mas novamente escreverei sobre a estrutura do curso aqui em Coimbra.
Até mais...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Isso é multiculturalidade


O bom de se estar numa universidade européia é poder conviver com pessoas do mundo todo.

Na primeira reunião que fui, encontrei um retrato da realidade coimbrense: uma mistura de várias cores, nacionalidades e culturas. Existem alunos espanhóis, com a pele bronzeada; italianos, reconhecidos pela forte entonação da voz; nórdicos, em geral, com a pele super clara e os olhos azuis; africanos, da Angola, Moçambique, Guiné Bissau, São Tomé e Princípe, que partilham a nossa língua: orientais, sempre apressados e resolutos no que fazem; e até orientais muçulmanas, com seus imponentes véus.

Pensei que somente no Brasil existia toda essa mesclagem de culturas, mas Coimbra não fica atrás. Tudo devido à abertura de suas portas à alunos estrangeiros (sou um deles), através de variados programas. O principal deles é o Erasmus, destinado a alunos europeus, sendo o maior e mais conhecido de todos. Por isso, há uma generalidade desse termo, aqui. Para os nativos, todos os alunos estrangeiros são Erasmus, mesmo que não pertençam a esse programa. Assim, sempre que eu me referir a esse termo, todos entenderão.

E dessa forma, a nossa estadia aqui é bem legal. Às vezes, estamos na sala de aula e ouvimos um professor explicar um assunto, ou dar uma informação acerca da disciplina, em português e depois em outra língua (geralmente inglês). Aqui todo mundo fala inglês a ainda outras línguas, como francês, alemão e italiano. E o interessante é quando nos deparamos com um grupo de alunos estrangeiros conversando em sua língua nativa, e logo após conversando com algúem em inglês e ainda por cima, trocando palavras em português. Variações, variações...