segunda-feira, 21 de maio de 2012

Queima das Fitas

Uma das festas mais lindas do mundo. Na Queima das Fitas encontramos uma mistura de satisfação, alegria e euforia.


Os estudantes do último ano, de todos os cursos, reúnem-se em carros alegóricos num longo e extrovertido desfile por entre as ruas coimbrenses, desde a Praça D. Diniz (na Universidade) até à beira do rio Mondego.

A única fantasia ( somente em nossa ótica) e o próprio uniforme, o traje acadêmico. Bebidas são distribuídas gratuitamente pelos próprios universitários em seus respectivos carros de curso. Enquanto isso, os familiares e amigos distribuem-se nas calçadas, acenando alegremente ao encontrar os seus respectivos "formandos"

Valeu a pena participar dessa tão grande festa. Passei apenas alguns minutos, pois havia uma grande multidão, tanto quanto nos carnavais brasileiros. Porém , com uma grande diferença, sem desordem e violência.

E uma outra curiosidade é que tudo acontece sem nenhuma música. Nada de carros de som, bandas ou trio elétrico; apenas os gritos de euforia dos colegas que concluem sua jornada universitária, ou não!

Grécia- de Atenas à Santorini

Pois é, não já satisfeito com as viagens feitas, procuramos mais um destino.
Na verdade, esse já deveria ter sido visitado, mas como eu preferia o Marrocos (já citei isso noutra postagem), persuadi os colegas à deixarem a visita à Atenas em standby.

O tempo passou, a oportunidade chegou e nós aproveitamos.
Com uma boa promoção de uma grande companhia aérea, voamos de Lisboa diretamente para Atenas, onde começou nossa jornada. Do Aeroporto ao hostel, utilizamos o ônibus da linha 95E, com um bom preço (não lembro agora) e parada bem localizada, a Syntagma Square. O nosso hostel ficava dois quarteirões depois, era o Diaskouros. Recomendo-o à qualquer um. O dono deixou nós fazermos o check in antes do prazo e ainda permitiu tomarmos o café da manhã. A recepcionista (creio que sua filha), era muito simpática, além de linda. As mulheres gregas são muito bonitas, embora tenham uns narigões (rsrsrs).

Já digo que Atenas não tem muitaaaa coisa para se ver, por incrível que pareça, em dois dias inteiros você conhece tudo. A Acropole, com o Pathernon devem ser a primazia da jornada, pois é cansativo e exige boa disposição. A subida é um pouco longa, porém compensada a cada segundo com uma vista fantasticamente bela. A cidade vista do alto é esplêndida, com a mesclagem entre o "velho" e o "novo". A Grécia é um país desenvolvido, mas não espere um "glamour parisiense" ou a "fina arquitetura vienense", existe uma modéstia nos prédios, nas avenidas, que às vezes se compara aos países de baixo. Mas o interessante da viagem está no fato de andar por ruas cheias de lojas, bares ou escritórios e encontrar um monumento cercado, onde se vêem somente ruínas. Repito, somente ruínas, que datam de muitoooo longe. Voltando à Acropole, uma verdadeira peregrinação. Há muitos, muitos turistas lá, todos os segundos. Lá em cima, num sol quente de primavera, testemunhei um senhor sexagenário sofrendo um AVC, mas graças a Deus ele sobreviveu e foi logo socorrido. O interessante é que embora o local estivesse apinhado de gente, ninguém se mexe, ninguém toca no homem (essa cultura deles!). Esse ponto deve ser visitado ao entardecer também, a visão é muito boa, tanto quanto à matutina.



Um lugar que não dever ser esquecido é o antigo Templo de Zeus, onde se encontram mais ruínas. A pessoa quando visita a Grécia deve ter uma base boa de história, além de sensibilidade. Não vá esperando encontrar grandes monumentos (embora existam), porque muitas coisas só restam em pedaços. Mas ainda assim faz o coração bater mais forte. Outro ponto indispensável é o Estádio Olímpico, o Panatynaykos. É muito legal, e muito grande. Paga-se 2,50€ e tem-se direito à audio guia (em português). A visita dura em média uma hora, e você conhece muito a história do lugar e das Olímpiadas. Ressalvo, é indispensável. Ah, outra coisa legal é que o para entrar na Acropole não pagamos nada, por sermos estudantes, e o mesmo ingresso serve para o Templo de Zeus. Parabéns à Atenas!

Depois de conhecer esses pontos e alguns outros menores, nada mas resta. Podes ainda visitar o estádio das Olimpíadas de 2004 e umas igrejas ortodoxas. Há um bom parque, com um pequeno zoológico, um prédio do governo e o centro comercial, e tudo pode ser conhecido à pé. Construíram tudo perto da Acropole, a referência da cidade. Não usamos metrô, ônibus, táxi, nada. Ah, por falar em táxi, os daqui são bem característicos. Amarelos, agitados e incontáveis. Causa até uma poluição visual. Nunca vi uma cidade com tanto táxi em minha vida. Acho eu que esse seja o meio de transporte mais usado em Atenas, só pode (rsrsrsrsr).

Agora entramos na melhor parte da viagem: o cruzeiro. A segunda maior atração grega são as suas ilhas. Desde a mitológica Creta à tímida Ios, o mar Mediterrâneo presenteia os gregos com uma surreal combinação, que gera algo afrodisíaco, quase caribenho. Os hotéis, hostel's e agências de turismo, assim como folhetos em postes, todos anunciam esse tipo de passeio, que não deve ser esquecido nem negligenciado. Com 120,00€, fechamos um pacote, em nosso hostel, que nos garantiu as passagens de ida e volta de navio, os transfers ao hostel na ilha, a diária do hostel, café da manhã e uma grande experiência.
Saímos numa quarta feira de madrugada (6 da manhã), onde um transfer nos levou ao Porto de Piraeus. Eu e meus colegas pensávamos que um barco estilo catamarã nos levaria, mas fomos surpreendidos ao deparar-nos com um grande navio à nossa espera, um dos famosos Blue Star. A viagem dura oito horas, mas passa rápido, pois a vista nos distrai, ou ainda podes dormir, ou ficar nas varandas, ou nos bares, há várias distrações. O navio para em algumas ilhas, para embarque/desembarque de passageiros e carga, em torno de 10 minutos. A ilha que escolhemos foi a última, Santorini, conhecida pelas casinhas brancas no alto dos montes. Para quem não sabe, a novela Belíssima (2006) foi gravada com cenas aqui. O lugar é fantástico. Na tarde da chegada fomos à uma das praias, não tão bonita(onde passamos o resto do dia), compramos algo para comer e depois voltamos ao hostel, para descansar. No outro dia, bem cedo, visitamos a Red Beach, onde passamos a manhã e parte da tarde, essa praia sim, um sonho. Só haviam turistas, de toda a parte do mundo. Como estávamos no início da Primavera, todos procuravam o bom sol para um bronzeado. Foi muito divertido. A água ainda estava gelada, mas atraía os visitantes para o banho irrecusável.

O meu resumo geral sobre essa viagem é:
PERFEITA!

Lembro que a Grécia está em crise, e que nos jornais vemos sempre notícias de revoltas, assaltos, protestos. Meus olhos não encontraram nada disso. As pessoas são simpáticas, "boa educadas" (meus colegas sabem o que isso significa), bem humoradas. Não me senti vulnerável nem ameaçado em  nenhum momento. Na volta da ilha, por exemplo, nos perdemos no caminho para  o hostel em Atenas. Ficamos à dar voltas sobre a base da Acropole, já no início da madrugada. Algumas ruas estavam desertas, outras possuíam bares abertos, e algumas contavam com grupos conversando ou bebendo. Nada nos aconteceu, ressaltando que éramos um grupo de oito pessoas.

A alimentação é muito saborosa, há restaurantes com bons preços e variedades. Até aqui encontramos kebab. Mas a comida local já compensa, com moussakas, gyros e pastitsio. O transporte não é caro. Um fato engraçado é que mesmo num grande grupo, compramos o bilhete do metrô para o Aeroporto de forma errada. Deve-se comprar um com suplemento (custa 8€), nós adquirimos o normal. Depois que já tínhamos passado por várias estações, o colega percebeu o aviso e todos descemos para comprar um novo bilhete. E teve gente que ainda comprou errado, novamente. Eu me acabava de rir.

No mais, Grécia, terra do Anapapoulos nos permitiu um bom divertimento. E de lá carregamos boas lembranças, para toda a vida.













Até mais!