sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Marrakesh, a cidade vermelha do Marrocos

Mais uma etapa,mais um destino!

Desde que vi algumas cenas da novela O Clone,me interessei pelo Marrocos. As músicas, culinária, vestimentas, paisagens e tantos outros atrativos. Na verdade, tenho uma forte atração/admiração pelo Oriente Médio todo, mas, daqui de Portugal não se vai facilmente (financeiramente falando) para países dessa região, exceto o Marrocos. Esse país, que fica no extremo noroeste africano, a uma hora e meia de avião de Porto, é um ponto de visita obrigatório.


Assim, aproveitando a oportunidade e o espaço final das férias,convenci outros 11 colegas a participarem dessa saga. Escolhemos três dias,o que foi suficiente para conhecermos toda a Marrakesh, a Cidade Vermelha. Com quase setenta euros compramos as passagens de ida e volta, além da diária(10€) do hostel, que mais uma vez foi o Equity Point, o mesmo de Barcelona, que por sinal, foi o clímax da viagem. Na verdade,fomos surpreendido pela grandeza e beleza do mesmo, haja vista que os hostel's geralmente são pequenos. Brincavámos entre nós que, para se divertir, não seria necessário nem sair do hostel (risos).

Marrakesh conta com uma enorme praça, a DjemaEl Fnaa, que contém um clima indescritível: desde cobras najas atiçadas por flautas à festivais de dança do ventre, passando por tatuadoras de rena e adestradores de animais, de tudo se encontra. Tudo isso arrodeado de uma miríade de barracas de alimentos,com os famosos sucos de laranja (que vem com caroço e tudo), tâmaras, cuscuz marroquino (experimentei) e muitos outros pratos, que são irresistíveis.

A influência da religião é mais do que marcante,tudo gira em torno dela. Ao entardecer, ouvimos ecoar das mesquitas um cântico em árabe, que nada mais é do que uma convocação dos fiéis,para o momento de oração, uma chamada à adoração.E as mesquitas ficam lotadas,com homens num pavilhão e as mulheres em outro. Ressaltando que não se pode entrar calçado, sob nenhuma circunstância. Outro fato interessante é que assim como no Brasil, e em outros países cristãos,possuem igrejas em todos os lugares, a distribuição das mesquitas é bem difundida. Desde mais pequenas, nas típicas ruelas, até à grande Big Mosqueé. Ao andarmos nas ruas, com as colegas brasileiras (vestidas normalmente como ocidentais) víamos muitos olhares e cochichos de repreensão e até mesmo repulsa, por parte das mulheres. E por parte dos homens, testemunhávamos potenciais "assédios", evidenciados nos olhares e comentários dos mesmos. E torno a dizer, nossas colegas estavam compostamente vestidas, de acordo com o nosso padrão de "normal". Engraçado que os nativos não olham para as mulheres marroquinas, mas para as estrangeiras, a atitude é totalmente oposta. Querem aproveitar né?

Passei por toda a cidade, conhecendo a famosa Medina,onde gastei vários diharms, a moeda local, que diga-se de passagem, é muito desvalorizada. Um euro equivale a 11diharms. Tivemos oportunidade de andar por aqueles becos, que são realmente como aparecem na novela. São muitas vielas, becos e ruelas, baixos e com muitos arcos, o que os tornam em muitos locais, escuros. Há ainda a parte rica da cidade, com muitos hotéis, cassinos, shoppings e restaurantes. Conhecemos essa área através de um passeio de charrete(1ª vez que andei em uma), com um choupeiro muito simpático, que nos serviu também de guia turísitico, embora só falasse inglês e francês.

Por fim, ainda fizemos um passeio até uma vila afastada, numa cidade do interior. Villa d'Orika Numa sprinter, eu e mais cinco colegas visitamos uma cooperativa de fabrico de óleo (feitos pelas viúvas e divorciadas); uma casa típica, sem nenhuma tecnologia, onde tivemos uma aula de sustentabilidade; subimos uma ENORME cordilheira,onde tivemos a oportunidade de ver neve e cachoeiras congeladas em pleno deserto!. Provamos chá, pães, pastas, frutas e tantas outras coisas. Ainda visitamos casa de artesanatos (onde havia muito ouro), além de outros ponto.No penúltimo dia fomos presenteados com um espetáculo, feito voulntariamente por um hóspede (brasileiro) e uns toques de tambor, por parte dos marroquinos. Por falar em marroquinos, eles são muito loucossss. Você vai andando nas ruas e eles lhe abordam, lhe seguem, a fim de ser seu guia turístico e descolar vários diharms. Não se deve pedir informação a NINGUÉM na rua, pois eles cobram pela resposta. É interessante, pois turista só fala com turista, quando quer saber alguma coisa. Não quero dizer que os marroquinos são hostis ou amedrontadores, NÃO! Pelo contrário, são muito legais. Mas é uma comédia, teve um que inventou que ia levar uns couros para tingir não sei aonde,, só para nos seguir e servir de guia, uma palhaçada...era a gente andando e ele querendo conversar. No final, ainda levou (pediu) a caneta de um colega como presente. E outro detalhe, todo mundo lá fala VÁRIAS línguas. As oficiais são o arábe e o francês (devido a colonização); mas eles falam de tudo...impressionante!Quem tem muita frescura, aqui não come. A mão do home que fazia a comida (no restaurante) era a mesma mão que passava a troco , hahahahaha. Mas a comida era muito boa!!! Eo café da manhã? Nossa, eu comia demais. Tinha um negócio lá, que parecia uma panqueca...e um suco de laranja...fartura. E o cuscuz é muito bom...e bem apimentado!

Bem, foi sensacional. Apenas três dias, mas valeu muito a pena. E também conhecemos muitos brasileiros, nos hostel, de todas as partes. Essas viagens são boas, pois encontramos sempre colegas da pátria amada.

This is wonderful, this is...Marrakesh!
Esse foi nosso bordão!

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